sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Contratação de 1000 novos enfermeiros…ser ou não ser, eis a questão!

Segundo avançam as entidades responsáveis, o SNS vai admitir até ao fim do ano 1000 (algumas notícias referem “mais de”) novos enfermeiros, levando ao rejúbilo da Ordem como sendo uma conquista conseguida com as várias pressões que têm sido feitas. O contentamento dos profissionais já é mais moderado, havendo quem siga a achar que são migalhas e outros a achar que é melhor que nada.
Eu com os concursos já sou desconfiado há muito e se para uns esta vaga de concursos tem a ver com a pressão feita, a mim cheira-me que tem mais a ver com o aproximar de um certo evento. Mas isso sou eu e as minhas teorias da conspiração.
A notícia é assim anunciada:
A primeira ideia que dá, é que do dia da notícia até ao fim do ano vão contratar 1000 enfermeiros. Quem sabe como as coisas funcionam (em modo de arrasto), em 3 meses será algo impossível. Ou de repente os serviços tornaram-se ágeis como o Homem-Aranha!
Mas lendo um pouco a notícia, vemos que afinal os 1000 a entrar refere-se à totalidade dos que já foram contratados desde o início do ano e dos que ainda serão. Há aqui uma ambiguidade propositada em quem lança a notícia. Fazer crer numa coisa, sem nunca afirmarem que o vão fazer. Acalma os ânimos de quem lê apenas os títulos ou de quem não lê o que lá está! Depois a culpa é das interpretações. Ou seja, até ao final do ano vão contratar 334 enfermeiros (irão?), não chegando aos 1000 (ou mais de) anunciados com pompa e circunstância.

Percebem agora porque isto me cheira a campanha? Não sei se só do governo ou de outras entidades cujo nome deixo à vossa imaginação!

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Ai ai, senhores Enfermeiros...

Há uns anos, tipo uns 6 anos, abriu um concurso de enfermagem para a Madeira. Concorri, como o fiz a tudo que era concurso nessa altura.
Aconteceu que fui excluído e, como tal, liguei para o Hospital a perguntar o motivo. A menina diz-me amavelmente “Você não enviou o certificado de habilitações!” Fiquei surpreso, porque a todos eles enviava o certificado de Licenciado em Enfermagem. Diz-me a menina, mais uma vez de forma amável, “Não, o senhor não enviou o certificado de habilitações literárias, o de 12º ano!” Mais perplexo fiquei e informei a menina, que tendo eu concluído o ensino superior, o meu certificado seria o de final de curso ao que diz ela com enorme sapiência “Veja, o meu certificado de habilitações literárias é o de 12º ano!” Com toda a paciência do mundo e vendo que a coisa não ia a lado nenhum, disse à menina que não tinha culpa que ela só tivesse o 12º ano e despedi-me.
Dado o absurdo da situação, liguei para a Ordem para me informar sobre o que se poderia fazer. Desta vez, não tão surpreendido, ouvi um “A Ordem não se intromete nos concursos dos hospitais, tem que resolver a situação com o Hospital em causa.”
O pior de tudo isto, é haver colegas que enviaram o certificado de 12º ano, como sendo o de habilitações literárias. Depois são os primeiros a exigir que os tratem como licenciados. Mas às tantas sou eu que estou errado. Apesar de continuar a achar que, apesar de haver cada vez mais licenciados, ainda existe uma grande taxa de analfabetismo intelectual.
Vim a saber que em alguns (não sei se em todos) dos recentes concursos têm pedido diretamente o certificado de 12º ano. Não percebo a lógica. Somos licenciados, logicamente temos o 12º ano feito. Ou será que querem prevenir certos casos de possíveis equivalências? Tipo, costureiras com prática com agulhas e em coser ou mães habituada a trocar fraldas aos filhos!

Pode parecer um aspecto insignificante, mas será que o é, quando somos os primeiros, de forma consentida e até conivente, a rebaixar-nos? Quando são tantos “cães” a um osso, se for preciso até se vende a alma ao Diabo.

domingo, 14 de setembro de 2014

Dia com os meus…

Ontem foi dia de oficializar algo que já tinha assumido há mais de um ano. Hoje em dia diz-se que um papel (casamento) não altera o estado de uma relação (é discutível) e isso é algo que não se aplica apenas com o casamento.
Desde que recebi o convite para ser padrinho do “J”, e o aceitei, que assumi imediatamente esse papel…mesmo sem se realizar o baptizado. Entendo que a nível religioso as cerimónias tenham o seu peso, mas o ser padrinho, em tudo o que a palavra quer dizer, tem um alcance muito além do papel religioso.
O que prometo é que farei de tudo, auxiliando o papel dos pais, para que o meu pequeno afilhado se torne uma pessoa de bem, formado, educado e com respeito pelos demais. Tal como o fiz e faço sempre que ela precisar, com a minha já crescida afilhada. Tive com ela uma relação especial de padrinho e afilhada, uma vez que distámos apenas 10 anos um do outro. Algo pouco normal de acontecer e eu só tenho a agradecer o ter-me sido dada essa possibilidade.
Ontem foi então o dia do baptizado, o que significa que foi dia de estar com a família. Este tipo de festas é, hoje em dia, a melhor maneira de estar com aquelas pessoas que cada vez vemos menos, por circunstâncias normais da vida. Que são aquelas pessoas com quem mais gosto de estar. E creio que sou um sortudo pelo que vou ouvindo e vendo por aí. Seja da parte materna, seja paterna, para mim são todos a minha família. Com todos me sinto em casa, de todos tenho saudades.
Tendo trabalhado toda a noite, cheguei ao fim do dia de ontem “estourado”! Os pequenos parecem movidos a energia solar, não param enquanto não se põe o sol. Mas eu gosto disso. Correr atrás deles e com eles, entrar nos jogos que eles inventam a toda a hora, desfrutar deste tempo tão especial da fase da vida e que passa a voar. Por isso, cansado me deitei, mas com a alma mais leve.
Mesmo que não o seja, a todos digo um sincero “Até breve!”

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

"J", 2 anos, a espalhar o terror!

Hoje é um dia marcante para a História mundial, foi há 13 anos o acontecimento mais dantesco que assisti até hoje. Desde esse dia o mundo nunca mais foi o mesmo.
Porém, a vida segue como nos mostra o desenrolar da história. Ficam marcas, mas o mundo não para. Como não parou com as atrocidades de Hitler, nem com as bombas atómicas de Hiroshima e Nagasaki.
Com o desenrolar dos anos, novos acontecimentos, de preferência positivos, vão relegando as catástrofes históricas, não direi para o esquecimento, mas um segundo plano, ou melhor dizendo, estancando-as no seu lugar histórico.
Por isso, de há dois anos para cá, o 11 de Setembro, para mim, é acima de tudo o dia em que nasceu o meu pequeno afilhado. O tempo passa e de bebé de colo já está feito um traquinas que ninguém o segura. Aquele sorriso, que ainda não sei se é de timidez, de traquinice ou um pouco das duas, contagia qualquer um.

“J”, que tenhas um dia em grande, um pouco mais que os restantes dias. Sábado fazemos a festa! A prenda que me pediste é que me apanhou desprevenido, mas a ver se se arranja alguma coisa! Um beijinho do padrinho

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Duas senhoras que tudo sabem...

Vi hoje um vídeo partilhado no facebook, com 40 segundos, do programa da TVI “Você na TV”, presumo que da manhã do dia de hoje.
Se não me engano, falam a apresentadora (?) Cristina Ferreira e a actriz São José Correia (?). Sei que em televisão vale tudo e não ter dois neurónios a funcionar não é critério de exclusão.
Diz a actriz, falando da sua personagem e com toda a sapiência do mundo, que é uma enfermeira frustrada porque sempre quis ser médica. Até aqui, nada anormal, uma vez que há realmente um(a) ou outro(a) colega que se enquadram nesse perfil. O pior foi quando a pseudo-apresentadora diz “o que acontece com muitos enfermeiros”, ao que a actriz responde “o que acontece com muitos enfermeiros e que depois dá um comportamento negligente…apesar de ela ser eficiente profissionalmente”. Nota-se afinal que a actriz generaliza a sua personagem a muitos enfermeiros, apesar de mostrar certa incongruência, são negligentes, mas eficientes no trabalho? Minha senhora, decida-se, às tantas está habituada a ter as suas falas escritas por outros, que quando tem que dizer algo da sua cabeça, como só tem o Teco e não tem o Tico, o Teco fica a pensar sozinho e não sabe o que diz.
Quanto a Cristina Ferreira, personagem televisiva que conheço por ser das mais espalhafatosas e esganiçadas, deveria saber que uma apresentadora deve ter acima de tudo, bom senso. Isto porquê? Senão faz a mais pequena ideia do que está a falar devia abster-se de abrir a boca, porque sai asneira! Ainda mais quando fala de toda uma classe profissional. Imaginem o que seria eu ir para a televisão, só porque é “mito”, dizer que acontece com muitas apresentadoras e actrizes o facto de elas se deitarem com os chefes para conseguirem os seus programas e os seus papéis? Eu não acredito que pessoas como a Catarina Furtado, a Sílvia Alberto, a Tânia Ribas de Oliveira, a Sónia Araújo entre outras o tivessem que fazer.
Não vou agora entrar em detalhes, porque explicar algo a estas duas senhoras parece-me complicado. Admito, isso sim, que muitos de nós quando foram para Enfermagem não faziam a mínima ideia para o que iam, talvez mesmo a maioria. Mas isso não quer dizer que quisessem ser outra coisa.

Não sei se em Portugal temos os programas que temos pelas pessoas que somos, ou se somos as pessoas que somos pelos programas que vemos. Às tantas um pouco das duas.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Summer Camp

Depois de tanto que já foi dito, às tantas pouco ou nada há a acrescentar! Pela segunda vez marquei presença no Summer Camp do NKSL, mais uma vez com grandes momentos vividos.
Reforçam-se amizades, fazem-se novas amizades e conhece-se melhor outras pessoas. Algo tão importante como o treinar Karate. Aliás, haverá melhor maneira de começar a época?
Dou os meus parabéns a todo o grupo NKSL pela excelente organização, nada fácil de conseguir. Mobilizar instrutores, praticantes e familiares é meritório.
Não gosto de individualizar, mas não poderia deixar de dar uma palavra ao meu grande amigo Hugo Pedro (engraçada a ideia super errada que tinha dele). Está a realizar um trabalho digno de registo, de qualidade e isso tem-se visto no crescimento do NKSL. Não se deverá certamente só a ele, mas foi com ele que tudo começou e isso é o mais difícil. Seja dentro ou fora do tatami, como amigos ou adversários, terá sempre o meu respeito e admiração. E é treinando e competindo com os melhores que se evolui! A ti, um forte abraço.

Não me alongando mais, apenas reitero a minha vontade de marcar presença nas próximas edições. Saudações fafenses!